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"Andy Schleck Cycles", um Shimano Service Center com alma

28.Junho - 2021

Para o Andy Schleck a vida é, e sempre foi, família e bicicletas.

Desde cedo numa loja de bicicletas, passando por uma carreira de ciclista profissional ao lado do irmão, e agora como dono de uma loja própria, o Andy procurou as tecnologias e os equipamentos mais recentes. Orgulhamo-nos de que parte desta jornada tenha sido feito ao lado da família Shimano e, ainda mais, quando o Andy disse que era essencial para a “Andy Schleck Cycles” ser Shimano Service Center.

 

 

A “Andy Schleck Cycles” abriu em 2016 em Itzig, Luxemburgo. Depois de se retirar do ciclismo profissional e das vitórias, entre elas uma na “Tour de France” e outra na “Liege-Bastogne-Liege”, o Andy rapidamente chegou à ideia de abrir uma loja. Depois de três semanas a viajar pelo mundo, visitando lojas de bicicletas e tomando notas sobre as coisas que gostava e que lhes faltavam, elaborou um plano para a loja que seria muito mais do que vendas e números. 

“Eu queria criar um lugar único onde todos se identificassem. Onde se pudesse falar de bicicletas, sem ser a vendê-las. Temos corridas/eventos e tentamos criar sempre uma maior comunidade porque senti que era isso que faltava quando visitei as outras lojas. Eram grandes e bonitas, mas não havia alma."

"Eu tinha uma checklist com tudo o que precisava para abrir uma grande loja, e ser um Shimano Service Center constava nessa lista. Hoje posso dizer com orgulho que oferecemos de tudo um pouco, desde todo o tipo de bicicletas, serviço de oficina, seguros e finanças, aluguer e até serviço 24h”

 

 

Agora que sabemos “Como está”, vamos falar sobre “Como começou”? Voltemos à infância do Andy, ao seu amor pelas lojas de bicicletas e às suas memórias do primeiro contacto com produtos Shimano, antes de mergulhar na sua bicicleta preferida, o porquê das equipas do WorldTour não terem os melhores mecânicos e o futuro da loja.

Com um pai que era ciclista profissional e dois irmãos mais velhos no ciclismo, era quase inevitável que o ciclismo se tornasse numa parte importante da vida de Andy. E desde que se lembra, as lojas de bicicletas eram fulcrais para isso.

“Desde criança que, para mim, as lojas de bicicletas são excitantes. Entrar para ver bicicletas novas, novos acessórios – era o mesmo que ir para um parque infantil ou loja de videojogos, mas para mim eram lojas de bicicletas. Onde quer que eu estivesse no mundo, seja a viajar com a família ou não, sempre que haviam lojas de bicicletas eu teria que ir lá e visitá-las. Ainda hoje quando recebemos coisas novas, tenho que ser eu o primeiro a abrir, independentemente de serem componentes ou acessórios."   

No que toca aos primeiros equipamentos Shimano que o Andy teve, rapidamente escolhe duas coisas que lhe vêm à memória, isto por causa da paixão pelo ciclismo no seio da sua família. Em primeiro lugar, os seus primeiros sapatos de ciclismo da Shimano com sola em carbono e em segundo lugar, os seus primeiros componentes Dura-Ace. Os primeiros de muitos!

“Não sei ao certo como é que os tive porque na altura eram um bocado caros, mas acredito que eram os que melhor me serviam para o meu pai os ter comprado.”

“A minha primeira bicicleta tinha o quadro em alumínio e as mudanças ditas “normais”. Depois acabei por ficar com as coisas velhas do meu irmão que também estava a competir, o que fez com que tivesse uma gama alta como o Dura-Ace bastante cedo – penso que era o 600, mas já não me lembro bem. Sei que o adorava!”

Passando do início da carreira para a carreira profissional em si, o amor pela inovação tecnológica dos equipamentos continuou, ainda por cima estando no topo dessa cadeia tecnologia das duas rodas, ao competir nas maiores corridas do mundo. Tiveste alguma bicicleta que a considerasses a melhor de sempre?

“É difícil dizer. Lembro-me de uma bicicleta especial para os Jogos Olímpicos, em Pequim, que tinha uma pintura personalizada e ainda a tenho hoje em exposição. Depois, uma Trek feita à medida que me fez ganhar  o Gablier e Tourmalet (Etapas da “Tour de France”), e também a Specialized com que ganhei a “Liege-Bastogne- Liege”. Nestas vitórias importantes a bicicleta é a tua arma, pelo que é difícil esqueceres-te delas.

 

 

Pondo de lado os sentimentos e memórias, será que o Andy preferia uma bicicleta dos tempos em que era ciclista profissional ao invés de uma das que tem agora? “Definitivamente que não”- diz ele.

“O mercado atual é de doidos e a qualidade não pára de aumentar. Se tens uma bicicleta com dois anos, tens já uma bicicleta antiga. Com os discos de travão e o Di2, a Shimano já esta lá no topo da tecnologia- está mais que provado. Portanto, definitivamente que gostaria de andar com uma bicicleta de 2022 e não de 2018."

E no que toca a mecânicos, qual seria a tua escolha? Um dos do World Tour ou do teu Shimano Service Center?

“Sempre pensei que tínhamos os melhores mecânicos do mundo nas equipas do Word Tour, mas isso não é verdade. Quando estás numa dessas equipas profissionais e algo se parte, tu apenas tens que substituir- e com isso, deixas de fazer reparações. Quando vejo os mecânicos da minha loja a reparar bicicletas com 20 anos de idade e a fabricar os próprios rolamentos para solucionar problemas, aí sim, vejo o que é um bom mecânico. Isto não é nenhuma ofensa para os mecânicos profissionais porque pra se trocar componentes e outras peças é necessário conhecimento, no entanto penso que o conhecimento dos mecânicos de loja é superior em termos de “know-how”.

 

 

Nunca esteve nos planos do Andy abrir uma loja de bicicletas. Na verdade, nunca houve qualquer plano para uma carreira pós-profissional, porque a partir do momento que tens um plano B deixas de acreditar tanto no plano A, explica o Andy. Com energia ainda para gastar e uma paixão forte pelas bicicletas, a ideia de ter uma loja de bicicletas foi surgindo aos poucos. Foi gasto muito dinheiro, tempo e energia a planear como seria a loja e a proposta de valor da mesma. Grande parte passava pela experiência do cliente, ao invés de bens materiais.

“Tive que pensar ‘O que é que eu posso fazer de forma a que as pessoas comprem na “Andy Schleck Cycles” e não na internet?’ Escusado será dizer que temos de garantir que a minha equipa é bem ensinada – que conhecem os novos produtos, técnicas, tipos de bicicletas, etc…. Passamos muitas horas atrás da secretária para conhecer um pouco de tudo, de forma a podermos recomendar o melhor aos nossos clientes. É essencial que encontres pessoas com boa atitude e energia, pois terás muitos clientes com dúvidas (90% das pessoas que entram numa loja é para tirar dúvidas) e é necessário que haja alguém que os guie e explique as coisas.”

O segredo passa por oferecer serviços que estão indisponíveis online, e um Shimano Service Center é parte desta solução. Para a loja é um ponto de venda único e para os clientes uma garantia de um serviço superior.

“Eu sou o único Shimano Service Center no Luxemburgo. Sê-lo não é apenas um rótulo porque funciona mesmo. Acabamos por ter muitos clientes de todo o país e além-fronteiras. Mesmo de bicicletas que não são compradas aqui na nossa loja – especialmente e-bikes com o sistema Shimano STEPS, fazemos a devida manutenção aqui. Assim, numa outra oportunidade esses clientes poderão talvez comprar aqui.

Existem muitos bons mecânicos por aí fora, mas a escola e formação são essenciais e, neste caso, organizadas pela Shimano, o que nos possibilita lidar com grandes problemas. Ter mecânicos certificados pela Shimano é sem dúvida uma mais valia.“

 

 

O Andy tem 5 mecânicos a tempo inteiro e um aprendiz no seu Service Center. Ocasionalmente está na oficina a fazer qualquer coisa, seja a reparar um furo de um pneu, como a montar uma bicicleta de raiz. Felizmente um mecânico com formação Shimano consegue tratar de tudo um pouco e satisfazer os vários pedidos, pedidos esses que, entretanto, com o crescimento da procura por bicicletas do último ano, foram intensificando. No que toca ao futuro, estarão as lojas preparadas para essa procura intensa?

“É difícil para nós neste momento porque não conseguimos ter bicicletas suficientes! É mais fácil vender uma bicicleta hoje do que encontrar uma para vender, assim como as restantes partes e acessórios. Estou certo de que o “Boom” vai continuar, talvez não como no ano passado, mas todas as e-bikes que vendemos não acredito que tenha sido por causa do Covid-19, mas sim por estas estarem avançadas e na moda. A pandemia ajudou porque tirou as pessoas de casa e elas tinham tempo para andar, mas o ciclismo acaba por ser um vício – a maioria das pessoas que começa a andar, fá-lo durante toda a vida, por isso acho mesmo que este “Boom” vai continuar. “

E quanto ao futuro da “Andy Schleck Cycles”? A loja é um negócio bem-sucedido, e apoia eventos/corridas e corredores talentosos, assim como um centro de camaradagem para ciclistas de perto ou de longe. Acaba por dar a ideia de partilha de toda essa paixão com os restantes. É um objetivo para ti deixar um legado e até mesmo lançar a próxima estrela do ciclismo luxemburguês?

“Sim, é o meu objetivo. Tenho uma boa loja e quero fazer ainda muito mais. Certamente que vou expandir e continuar com a equipa e atletas que apoiamos.”

Enquanto Equipa Shimano, orgulhamo-nos imenso dos nossos Shimano Service Center e do papel que desempenham nas grandes lojas de bicicletas. Ter a “Andy Schleck Cycles” a bordo dessa rede de lojas é uma honra e pelo que percebemos, recíproca.   

“Para mim, ciclismo e Shimano vão sempre juntos; São como batatas fritas e mayonnaise!

Andei quase toda a minha carreira com Shimano, mas não foi só isso. Fiz o teste no túnel de vento com um dos donos da Shimano, que tive o prazer e felicidade de conhecer. Fiz também o primeiro teste de travões de disco com a Shimano nas montanhas “Mount Etna”. 

Estou muito feliz por ter tido a oportunidade de me tornar num Shimano Service Center e por toda confiança depositada em mim. Quero continuar a fazer parte da família Shimano”

Bicicletas e família. Desde o início e pelo futuro fora!

 

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